O termo "diatônico" é comumente usado para diferenciar o bandoneon Reinische tonlage dos demais sistemas cromáticos como o Péguri ou o Kusserow por exemplo. Isso se deve ao fato de que nestes sistemas um mesmo botão quando pressionado emite a mesma nota tanto abrindo-se quanto fechando-se o fole. No caso do Reinische (e do Einheits), um mesmo botão (90% deles) emite notas distintas ao abrir e ao fechar o fole.
Num primeiro momento de sua evolução, - pensando em bandoneóns de 104, 106 tons -, poder-se-ia talvez defender esta nomenclatura uma vez que os recursos do instrumento eram limitados e as notas produzidas abrindo e fechando o fole apresentavam uma interrelação entre ambos os teclados que poderia confundir-se com um instrumento diatônico.
Contudo, o uso deste termo é totalmente inadequado para o teclado consolidado de 71 (ou 76) botões pois instrumentos diatônicos são os que são construídos com base em uma escala diatôncia de dois tons relativos como Ré e Sol, Sol e Dó, Dó e Fá..., não permitindo a execução de uma escala cromática completa. Assim o são a Harmônica diatônica (gaita de boca), o acordeon diatônico (gaita de botão), etc...
O sistema Reinische tonlage permite a execução de escalas cromáticas completas em amabas as mãos, inclusive simultaneamente. Assim sendo, a terminologia diatônica não é suficientemente precisa para caracterizá-lo.
Com propriedade, deve-se dizer que os sistemas Reinische e Einheits são bissonoros pois produzem dois sons distintos com a pressão de um mesmo botão. Já os sistemas Péguri e Kusserow são unissonoros, emitem sempre o mesmo som para um dado botão.
Podemos assim dizer que cromáticos todos eles são. Uns bissonoros (Reinische e Einheits), outros Unissonoros (Péguri, Kusserow,...)
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